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voltarQueda de juros no empréstimo
Fonte: Diário do Comércio
Sonaira San Pedro
As taxas de juros das operações de crédito caíram no final do ano passado, depois de sete meses consecutivos de alta, de acordo com a pesquisa mensal de juros da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).
Os juros para pessoa física tiveram redução de 1,58%, e caíram de 7,61% em novembro do ano passado, para 7,49% no mês seguinte. Já para pessoa jurídica, a redução foi de 2,68% no mesmo período, e passou de 4,47% para 4,35%.
As reduções podem ser atribuídas às medidas implementadas pelo Banco Central para dar maior liquidez ao mercado, à queda de juros futuros com a expectativa de redução da taxa básica de juros, a Selic, e também pela menor confiança do consumidor em contrair crédito por conta das incertezas em relação ao emprego, disse o doutor em economia e especialista em finanças da PUC-SP, José Nicolau Pompeo. "Se as pessoas têm medo de perder o emprego e a inadimplência pode aumentar drasticamente, não há como estimular o consumo e o crédito", afirmou.
Entre as linhas de crédito para pessoa física, as taxas cobradas pelos bancos para os CDCs tiveram a maior queda entre novembro e dezembro do ano passado, com 7,29%, de 3,29% para 3,05%. Em seguida, os juros do comércio caíram 1,56% no mesmo período, de 6,4% para 6,3%. A taxa média mensal de juros para pessoa física fechou dezembro em 7,49%, ante 7,61% no mês anterior.
Em relação às taxas cobradas para pessoa jurídica, caíram 2,68% comparando-se os dois últimos meses de 2008: passou de 4,47% ao me em novembro, para 4,35% em dezembro. A linha de crédito destinada ao capital de giro da empresa foi a que apresentou queda mais significativa, de 4,28% na mesma época, e caiu de 4,21% para 4,03%. Descontos em cheques também ficaram 2,93% mais baratos.
"Mesmo com a crise, o sistema conseguiu expandir os meios para conceder cada vez mais crédito, o que ajuda a enfrentar este momento de crise", afirmou o economista da Trevisan Escola de Negócios, Pedro Vartanian. "Com crédito, os mercados se desenvolvem, as empresas investem, geram empregos e a economia volta a crescer."